MPT faz encontro sobre ação pioneira de aprendizagem no setor de vigilância
O Ministério Público do Trabalho (MPT) promove na próxima terça-feira (09/07), às 10h, encontro com órgãos públicos e entidades envolvidos na ação pioneira no país de aprendizagem profissional no setor de vigilância patrimonial.
A Bahia saiu na frente na implantação de um programa estruturado nesse setor, que agora será replicado para todo o país. A primeira turma de jovens aprendizes concluiu no mês de junho o período de aprendizagem. Foram 25 jovens, com idade entre 21 e 24 anos, que desde outubro do ano passado receberam bolsa mensal, tiveram todos os seus direitos previdenciários atendidos e passaram por qualificação para atuar no setor.
“Essa é uma ação inédita no Brasil que já está sendo adotada como modelo para o governo federal e para outros estados e que vai abrir milhares de vagas de aprendizagem profissional”, destacou a procuradora do MPT Adriana Campelo. Ela lembra que o modelo implantado no estado foi usado como referência para que o governo federal leve essa mesma ação para todo o país, em projeto que está em fase final de estruturação. Com as parcerias, foi possível possibilitar que empresas desse setor possam cumprir as cotas mínimas de aprendizagem profissional e absorver grande volume de jovens em processo de ingresso no mercado de trabalho.
Enfrentar o antigo tabu que fazia com que empresas de vigilância não contratassem jovens aprendizes, só foi possível com o envolvimento de diversos atores relacionados ao tema. O setor alegava não poder contratar aprendizes pela natureza de sua atividade, que envolve riscos e necessidade de qualificação prévia. Contribuíram diretamente para a realização da primeira turma de aprendizagem profissional no setor de vigilância em todo o país o Senac Bahia, a Escola Bahiana de Formação de Vigilantes (EBF), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia, o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado e o Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância do Estado.
O curso tem o objetivo de formar jovens aprendizes para atuar em serviços de vigilância, por meio da qualificação profissional de vigilante, que abrange as atividades relativas à segurança privada, especificamente vigilância patrimonial, conforme atividades listadas na CBO (Classificação brasileira de Ocupação). Com a ampliação da idade para aprendizagem profissional, em 2006, foi possível incluir jovens de 21 a 24 anos, que fazem a capacitação em ambiente destinado a treinamento, sem os riscos da atividade fim.